Essa aula foi realizada no dia 7 de agosto, data em que comemoramos 8 anos da lei Maria da Penha. Nesse encontro, discutimos sobre os principais motivos que ocasionam esse tipo de violência, bem como suas formas de enfrentamento.

" Violência Sexual no Brasil:
Em 2011, foram notificados no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação ) do Ministério da Saúde 12.087 casos de estupro no Brasil, o que equivale a cerca de 23% do total registrado na polícia m 2012, conforme dados do Anuário 2013 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil (Instituto Avon/Ipsos, 2011)
Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.
- Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência.
- 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu conteúdo. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso.
- 52% acham que juízes e policiais desqualificam o problema.
Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado (FPA/SESC, 2010)
- Cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos no país; 91% dos homens dizem considerar que “bater em mulher é errado em qualquer situação”.
- Uma em cada cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez “algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido”.
- O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais 80% dos casos reportados".
Assim, observamos que a violência contra a mulher salienta ainda mais a desigualdade entre os gêneros, sendo um deles oprimido e o outro opressor. Esse tipo de violência é ocasionado pelo machismo vigente que permite a constatação de casos como esses em que homens relacionam mulheres a objetos de posse e de submissão. Após esse momento de leitura e reflexão, informei que, naquela data, comemorávamos 8 anos da lei Maria da Penha e, por esse motivo, seria uma ótima oportunidade para conhecer melhor essa mulher que nomeia uma lei tão importante para o combate a violência contra a mulher. Assim, assistimos a um vídeo que fazia um breve percurso sobre a história da grande guerreira Maria da Penha
Após o vídeo, vimos campanhas sociais comprometidas com o combate à violência contra as mulheres, identificando os argumentos, os slogans, os veículos, entre outros elementos constitutivos do gênero:
A campanha acima apresenta uma série de estatísticas que revelam números assustadores sobre a violência contra a mulher. Ao final, convoca a população a denunciar casos como esses.
Essa campanha demonstrava que o percentual de agressões contra mulheres aumentavam na Inglaterra quando sua seleção perdia um jogo de Copa do Mundo.
Não se cale! Denuncie.

Ao mediar o debate, não interferi no conteúdo das opiniões proferidas, mas chamava atenção para a importância de utilizar argumentos sólidos que pudessem ser facilmente observáveis e comprováveis pelo interlocutor.
A experiência foi muito significativa uma vez que os alunos estavam se apropriando da língua em sua modalidade oral a partir do uso socialmente situado de um gênero também oral (debate) - tão pouco utilizado em sala de aula - compreendendo, dessa forma, sua funcionalidade e a aplicação real.
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